Leitaria Garrett
Y sigue: Plaza Nueva, Edu y Bea en la fuente, bus cuarenta y "argo", tickets a un "leuro", date prisa que no llegamos, Paseo de los Tristes (mira a ver si está Lauri o Ana!), Sacromonte "cuestarriba", llueve mientras se cambian las cámaras, "sácalas a 1600 ISO y veras que bien!", Monica al móvil, entrada VIP, el bar de la Chumbera pa fumarse un pitillo-quita-nervios, la Alhambra (siempre las luces de l'Alhambra!), "!ven! Tú por aqui! Tú eres el fotógrafo, verdad? Pues 'enga! Por aqui! Hay que llevar esto pa dentro! Ayúdame!", oscuro de comienzo de función, cámara sin trípode, sudor en las manos y la Alhambra por detras, chaz! chaz! chaz! chaz! chaz!.
el recuerdo de esa tarde-noche de primavera. musica al salir del curro: calle jardines, Plaza birrambla (guiris! Millones de guiris! Huye! Huye!), Pasiegas, Puerta Real, (por Dios! se me estan olvidando...!)
En mañanas como la de hoy vulevo a brillar, cuando en mi cabeza aún suena “wouldn’t it be loverly” en la voz de eco de Julie Andrews, cuando fuera las nubes resisten al sol, la gente baila y no quiere parar y todo vuleve a parecer genial. Y en esto de te saber teletransportable mentalmente, me imagino que vendrás sin avisar (no, a ti no te gusta hacerte de rogar!), auténtica superstar, unicórnio en el césped, la más dulce de las hadas dulces, la de las pecas, la de alas rosita-cielo, la que huye de la concentración de hadas para comer conguitos en la solera de una cualquier puerta de una cualquier calle con flores en los balcones o nombres bonitos en las ventanas. Y así me imagino que vendrás sin avisar, que me cogerás de la mano (por fin me cogerás de la mano!) y, junticos de un solo paráguas, bajaremos San Juan de Dios en el sentido Gran Capitan. Tardaremos en el escaparate de una cualquier tienda de ropa que se nos cruze en perpendicular y lloraré una vez más las penas de mi difícil aspiración a un cuerpo cachas, perfecto para todo tipo de ropa, atrezzos y/o modas. Me dirás que hay muchos como yo y que me quieres. Te contesto que tu Dios Gene Kelly tenía un cuerpazo y terminaremos cuncluyendo que igual lo mío es tornarme bailarín de musicales y terminar con una camiseta de marinero como la que llevaba en “un americano en París” y por donde explotaban sus biceps y sus triceps. Cantaremos “we’re goin’ to see the Wizard” bajo la lluvia que terminaría de empezar y nos daremos prisa, porque la Filmoteca esta aqui “al lao” pero los dos creemos que todavía se moja uno más si no se da prisa bajo la lluvia. Y así, querída Bea (sí! Tú! La real!), te contemplo: entre la multitud mimética, tú, tan sintética en tu forma de mirar que sin quererlo yo me vuelvo a enamorar. Y sé que puedo hacerlo. Nada me impide porque hoy es el día perfecto.
Encontré en el Caos de Alnitak el texto de lo que vengo escuchando en mi cabeza desde hace unos meses.
Dice:
"Y de repente caes, te deslizas, y chocas con un enorme muro de piedra que te corta el paso. Y entonces el mundo desaparece, gira y se reconvierte. Y te levantas, y caminas por tu vida, paseas por lo que fuiste, lo que anduviste, lo que viste y lo que eras. y reencuentras a quien conociste, a quien amaste, a quien olvidaste y a quien conoces. Tu guía te prohibe participar, no eres más que un simple espectador de tus propias vivencias. Y rompes la salida de emergencia y te sumerges en tu vida."
ainda assim gostaria de pensar que o meu corpo começa a renunciar à nicotina e que tudo isto está a dar certo. Amanhã se verá.
ۻكظإ
¡Dale limosna, mujer! Que no hay en la vida nada como la pena de ser ciego en Granada...”
Que crueldade a felicidade relativa!
Ontem sonhei um sonho dentro de um pesadelo. Na vida de vigília, andei à chuva, molhei-me, apanhei frio nos pés e nas costas. Senti o arrepio em tudo de mim e aproveitei as gotas de chuva na cara para chorar sem sem visto. Estive sentado no carro, de mãos e cabeça no volante, à espera de um raio que me iluminasse o caminho visto que o WV Golf já só tem um farol que funciona. Em casa, o à vontade do Jean-Paul provocou-me um certo incómodo (vá-se lá saber porque é que a estes francófonos lhes dá por se despirem assim tão facilmente na cama dos outros??!!) e revi na Franchini aquela beleza para futuros retratos a preto e branco (Ilford XP2!!). Enfim, os três deitados na cama até bem perto do final do dia, com um croissant (suponho que en Paris o nome correcto seria "Brioche") e um compal destes de pacote a dividir por todos.
Nisto acordei. Voltei a adormecer e a sonhar com coisas mais ou menos normais.
Cuando crees que me ves, cruzo la pared.
hago chas! (CHAS!!) y aparezco a tu lado.
quieres ir tras de mi... !pobrecito de ti!
no me puedes atrapar...
Faço das tuas minhas palavras (uma vez mais trocamos piropos citando-nos): "Neste espaço semi-público e semi-privado as palavras nem sempre são o que significam." E assim. É. Nesta simplicidade da escrita, neste grau em que me encontra o blog que não fala, o blog destinado à servidão da escrita precária e fraca de tudo. Pobre de ti. Que me tens como amo e senhor de coisa alguma, encanto de mim mesmo. Tu que carregas contigo o peso do espelho e todas as luzes necessárias ao perfeito "high key". Pobre de ti.
Queria porque queria voltar a sentir que é possível. Queria acreditar no tempo que não tem que restar. Simplesmente andar, seguir o seu normal caudal que leva, eventualmente, a parte alguma. E assim ser. Voltar a ser, a sentir, a sorrir ao Inverno e às depressões.
Uma vez tive um webdraft que se lia da seguinte forma:
http://andrefranca.no.sapo.pt/portfolio/sellfolio.htmlE, já agora, a título de curiosidade, um dos apontamentos da daily newsletter da Olympus Service Facility Portugal:
"O cinema mais pequeno do mundo, com nove lugares para cerca de 30.000 habitantes e uma sessão por dia, situa-se na cidade alemã de Radebeul, no Estado regional de Saxe."
No marasmo disto de me não saber em parte nenhuma, de me questionar o sangue e a qualidade do que ainda me é viável existencialmente, de viver de sonhos e do passado, da falta de olho ao futuro por limitações incertas que de tão apocalípticas me fazem protelar a queda do muro, no marasmo disto tudo, encontrei a vontade adormecida de te voltar a preencher, caro blog. De todas as vezes que também a tua existência foi discutida, sempre foi tido o silêncio a este nível como a mais certa das possibilidades. E assim foi. Dei-te a morte a beijar porque também eu morri para o mundo da infelicidade. Também eu decidi abraçar a possibilidade da resolução da complexa fórmula da felicidade. (Sabes? Nunca me tinha dado conta, mas a alegria cega-te a criação, apaga o dramático de ti que sempre foste, ofusca-te para lá do real imediato. Porque tudo se transforma em "high key" e, ficas a saber, o "high key" é o novo espelho!).Enfim, tudo isto para te dizer que creio que começo a estar de volta. Que regresso ao profundo melancólico, ao drama queen que sempre fui e serei, ao princípio da certeza, ao meu eu já conhecido. Ao eu com quem tens uma relação.
Agora, porque me aborreço nisto a que muitos chamam de meu trabalho, procurro agarrar-me (às escondidas) a todas as possíveis formas de evasão. E, neste estagnado decorrer de acção, fui dar por mim a visitar uma velha amiga. Uma grande amiga. Uma sempre amiga. Uma amiga que de tão igual é quase tão egoísta como eu. Uma amiga da qual tenho saudades sempre que me apetece pular meses de Inverno. Uma amiga que é, toda ela, Verão Primaveril, magnânima explosão de cor, sabor e cheiro.
Enfim. Por contingências do não-trabalho motivador, encontrei-me com ela num esquecido registo virtual de escritos. E que bom! E que alegria senti-la aqui bem pertinho, ao meu lado na secretária, com a mão por cima do meu ombro e também ela debruçada e de olhos postos no monitor. (E quando te tens a imaginação habituada à companhia dos assistentes animados do Office, abraças a oportunidade com todas as forças mentais!) E assim foi. Durante o tempo que foi de uma hora, querida Zette, dei contigo uma volta pela tua Kellett Road e fizemos de novo as pazes deste tempo que orgulhosamente decidimos dar um ao outro. Porque nunca fomos criaturas do Inverno... E o mau tempo torna-nos rabugentos e mimados.
De qualquer forma, aqui fica isto. Para o caso de um dia de tédio laboral teres uma boa surpresa caso decidas marcar encontro comigo.
No Chiado, de tardinha, às vezes via-os passar sorridentes...de mão em mão...Dizia quem via:"São rapazes, bons portugueses!".Dona Ana passava também sempre à mesma hora,com os seus longos vestidos de tecido importado do Brasil...Carlos, o engraixador residente, com esse há-vontade que tem quem trabalha na rua,rodava o corpo enquanto Dona Ana passava e,do seu pequeno banco de madeira velha,gritava em suspiros, para que todos ouvissem,o mesmo de sempre:"Ai!, Madame!...Que até me causa indigestão!"
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