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Leitaria Garrett
segunda-feira, novembro 29, 2004
  Nao percebo porque esta minha insistencia em recusar o que me e oferecido diariamente. Teimo em fazer-me acreditar que o mundo e meu e que a vida apenas a mim me pertence, quando sei que nada disto e verdade. Eu sou os outros comigo. E sou-o de tal forma complexa e plena que, por vezes, me e impossivel encontrar-me apenas com aquilo que unicamente me caracteriza. Como um texto sem acentuacao.
Longa vida aos sentimentalistas, aqueles para quem um pouco de ceu basta!
Desculpa M. Acho que afinal sempre somos iguais...
 
domingo, novembro 28, 2004
  Me vejo no que vejo
Como entrar por meus olhos
Em um olho mais límpido
E olha o que eu olho
É minha criação
Isto que vejo
Perceber é conceber
Águas de pensamentos
Sou a criatura do que vejo

MONTE, Marisa, Blanco, Barulhinho Bom, CD2, 1996
 
sexta-feira, novembro 26, 2004
 
Dou por mim perdido no meio da cidade labiríntica.
Tenho a mochila cheia de mapas e indicações, mas não é uma Planciusstraat ou um Herengracht que procuro.
Vou à procura do calor, de um canto recôndito onde possa fumar um cigarro. Vou percorrendo em leves passos as estreitas ruas na esperança de me avistar, de me cruzar comigo próprio ao virar de uma esquina.
De olhos quase fechados olho-me no reflexo da água ao passar a ponte X. e prometo a mim mesmo deitar ao canal todas as coordenadas e direcções.
Convenço-me a mim mesmo que sou mais do que penso
e que já parti desta cidade, ou que nunca sequer por aqui andei.
Traço com o aro dos óculos a forma das casas que flutuam e se movimentam com o passar de um barco turístico. Não sei quem é que ainda sou comigo:
se um abrigo inútil ou apenas eu.

 
 

Acredito ter perdido a capacidade para amar; para reter em mim esse isso que vou desconhecendo fora de mim mesmo, fora daquilo que é o espaço físico que me pertence. Creio não conseguir mais ver-me nos outros, sentir-me em outros corpos, saber-me em outros olhos que não os meus. Vou-me perdendo na certeza do meu próprio egoísmo e culpo o mundo por isso; acrescento as culpas à incerteza caótica de não saber quem sou. Ou, por outro lado, saber-me tão bem em todas as formas e limites que apenas e só isso me basta.


Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo,
disse-me um dia Sophia em discurso indirecto.


 
quinta-feira, novembro 25, 2004
 
your life your heart your personalityyour freedomDon't risk your dreams
your soul your ideas your fears
 
quarta-feira, novembro 24, 2004
  your life your heart your personality
your dreamsShareyour freedom
your soul your ideas your fears
 
 
Life is calling...
Where are you?
 
No Chiado, de tardinha, às vezes via-os passar sorridentes...de mão em mão...Dizia quem via:"São rapazes, bons portugueses!".Dona Ana passava também sempre à mesma hora,com os seus longos vestidos de tecido importado do Brasil...Carlos, o engraixador residente, com esse há-vontade que tem quem trabalha na rua,rodava o corpo enquanto Dona Ana passava e,do seu pequeno banco de madeira velha,gritava em suspiros, para que todos ouvissem,o mesmo de sempre:"Ai!, Madame!...Que até me causa indigestão!"

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